48- Reconciliação! Uma tentativa arriscada!
Na manhã seguinte Nami pôs Luffy a par de
tudo o que tinha acontecido na sua ausência.
Ao saber que finalmente houve uma luta na
escola em que ele também poderia ter participado, se não fosse aquela maldita
reunião, o diretor ficou bastante chateado. Mais uma vez ninguém o chamou para
ajudar e ainda por cima foi o último a saber.
Apenas a comida de Sanji melhorou o humor de
Luffy. No fim de contas nem tudo era mau, Ana tinha voltado para Mugiwara
Academy.
Enquanto isso do outro lado da escola, nos
dormitórios, a aluna de culinária tinha passado toda a noite acordada. Parte do
tempo a chorar e a culpar-se do que tinha acontecido e a outra parte a pensar
em como iria explicar tudo aquilo à sua colega e em como ter a sua confiança de
volta.
Com toda a confusão só se lembrou do corte
que Eustass lhe tinha feito quando foi à casa de banho lavar o rosto. Não era
um corte profundo mas tinha algum tamanho. Não seria nada bom se ela voltasse a
casa com aquele arranhão.
- Tenho mesmo de parar com estas coisas. –
Disse para si enquanto limpava a ferida.
- E conseguiste descobrir isso sozinha?
A pequena deu um salto. Era Cátia que tinha
acabado de chegar ao quarto e observava a colega encostada ao aro da porta.
- Isso era desnecessário senpai.
- Claro, eu é que faço coisas desnecessárias.
Já agora ainda vais demorar muito ai dentro? Eu também tenho aulas sabes?
Cátia afastou-se da porta seguida por Ana.
- Estás a ser injusta. Nem me deixas-te
explicar.
- Então qual é a explicação para não teres
sido TU a contar-me? Vais me dizer que não tiveste tempo?
- Tive mas… – A pequena baixou o olhar.
- Foi o que eu pensei. – A aluna de história
pegou nas suas roupas e dirigiu-se para a casa de banho. – É melhor não dizeres
nada. Não quero perder a paciência com alguém como tu logo de manhã. – Fechou a
porta.
Depois disso ouviu do outro lado da porta a
sua amiga a soluçar, correr para a porta e fechá-la atrás de si. Talvez tivesse
sido demasiado dura, mas não queria dar o braço a torcer, não desta vez.
Mais tarde já estava cada uma na sua
respetiva sala.
Cátia tentava ao máximo estar concentrada nas
explicações de Robin mas a revolta que sentia dificultava-lhe bastante a
tarefa. Ainda não lhe tinha entrado na cabeça que a sua melhor amiga lhe tinha
traído a confiança. Será que havia mesmo alguma razão suficientemente forte
para aquilo? Não lhe parecia.
Já na sala de culinária Ana estava mais
preocupada com os problemas que tinha com a colega do que com as aulas em si. Afinal se não
entendesse alguma coisa bastava fazer beicinho e Sanji explicar-lhe-ia tudo
novamente nas aulas suplementares. Então pôs-se a pensar no que fazer:
“Visto que ela não quer ouvir uma explicação
vou ter de pensar noutra coisa. Hum… Talvez pudesse usar alguns daqueles
otários do ferrinhos para lhe fazer uma emboscada e eu sair a heroína da coisa
toda. Não, era inútil. Ela matava-os todos antes que eu pudesse fazer alguma
coisa. Espera… Hoje é quinta. É isso!”
A rapariga finalmente tinha um plano. Ou
seja, Cátia estava com problemas.
Os minutos passaram e a segunda aula chegou.
Era a aula de educação física e o desporto que iriam praticar nas próximas
semanas era basquete.
Apesar de estar dispensada daquelas aulas nos
próximos tempos a aluna de história tinha de ir assisti-las na mesma.
Durante a aula podia ver-se perfeitamente que
Ana estava a descarregar a frustração na bola. No entanto fingir que estava
cansada era difícil e controlar-se para não mostrar nada de sobre-humano era
ainda mais.
No final da aula todos estavam exaustos e a
aluna de culinária mais calma. Estava na hora do seu plano. Foi até à sua
senpai que já se estava a levantar para ir embora e falou com um ar inocente:
- Senpai, preciso da tua ajuda.
- O que foi agora? Vais andar à porrada outra
vez ou já te juntas-te a outro gang de outro psicopata que me quer destruir a
vida?
- Não. Preciso que me ajudes a chegar ao
malote. – Ficou deprimida. - Alguém o meteu na prateleira de cima.
- Ok ok eu vou.
- Obrigada senpai. – Disse com um sorriso no
rosto e emanando brilhinhos à sua volta.
Dirigiram-se então para os balneários.
Passaram pelo balneário masculino, pelo dos professores e por fim chegaram ao
feminino. Entraram, Cátia tirou o malote da prateleira e passou-o à amiga que
estava naquele momento a calçar umas luvas de cabedal um tanto estranhas, mas não
ligou. Ela sempre teve fetiches estranhos mesmo.
A usuária da Mizu Mizu no mi saiu do
balneário seguida pela amiga.
- Não vais tomar banho sua porca?
- Tomo no dormitório. Sabes que desde aquilo
dos rebuçados eu não consigo mais transpirar. Ia ser um problema se alguma
delas visse que as minhas roupas estavam secas.
- Afinal ainda pensas um bocadinho.
Cátia ouve um fecho a abrir atrás de si, mas
continua a andar.
- Senpai espera!
A rapariga virou-se, sentiu algo frio e
metálico nos pulsos e foi empurrada para dentro de uma porta. Ao ouvir água a
correr ao fundo da divisão e três katanas encostadas a uma parede percebeu logo
onde estava. No balneário dos professores.
No entanto o que a deixou mais irritada foi o
que tinha nos pulsos, umas algemas. Tentou usar as suas habilidades para se
livrar delas mas foi inútil. Não conseguia mais usá-las.
Tentou falar o mais baixo possível, mas de
modo a que a rapariga que estava encostada do outro lado da porta a ouvisse.
- Ana que porra é esta?
- Algemas de kairouseki. Não fazes ideia do
trabalho que tive para as arranjar em menos de 20 minutos. E também servem para
as mesmas coisas que as algemas normais.
- E porque é que sou eu que as tenho?
- Ora bem, vamos à explicação. O Zoro-sensei
está ai dentro a tomar banho e deve acabar a qualquer momento. O que será que
ele vai pensar quando te vir ai dentro com essas algemas? Por outro lado tu
vais ter uma bela visão do paraíso. A não ser claro que estejas disposta a
ouvir o que tenho para te dizer, se for esse o caso eu tiro-te dai.
- Já estás igual àquele bastardo.
- Isso é um não senpai?
- Não quero saber dos teus problemas.
Nesse
instante o som da água pára.
- Parece que o tempo acabou senpai. Bem já
que não me queres ouvir vou embora, diverte-te.
- Está bem, tira-me já daqui.
A porta abre-se e Cátia sai o mais depressa
que pôde. Por sorte Zoro não reparou no que acabou de acontecer, estava
demasiado aborrecido para prestar atenção no que quer que fosse que acontecesse
à sua volta.
Já do lado de fora da porta Ana põem um
casaco por cima das algemas de maneira a esconde-las.
- Vamos para o dormitório então senpai.
- Não me vais tirar isto? – Perguntou a mais
velha confusa e irritada.
- Só depois de me ouvires. Senão não vou
chegar com vida ao dormitório.
- Estás mesmo igual àquela besta.
A aluna de culinária ignorou mais uma vez
aquele comentário e continuou a andar. Tinha a certeza de que a sua senpai a
iria seguir, afinal ela é que tinha a chave.
Era verdade que se não fossem aquelas algemas
nada impediria a logia da rapariga de afogar a sua kohai em público.
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