46- Fazendo as pazes! As últimas pontas soltas!
Os segundos iam passando e Ana estava quase a
ceder ao gesto desesperado de Sanji. Apesar de estar magoada ela continuava a
adorar o seu sensei.
Então lembrou-se do “recadinho” que ele lhe
deixou no cacifo do vestiário no dia anterior e voltou a olhar, com alguma
frieza, para o seu professor que ainda se encontrava ajoelhado à sua frente.
- Pensava que já não precisava mais de mim. –
Provocou a aluna.
O professor levantou-se ainda com lágrimas
nos olhos e pegou-lhe nas mãos com um ar culpado. Ele sabia perfeitamente ao
que ela se estava a referir.
- Desculpa Ana-chwan. Aquilo foi porque… – O
cozinheiro desviou o olhar.
- Foi porque?
- Eu ouvi alguns rumores e queria ajudar de
alguma maneira. – Voltou a olhar a sua aluna nos olhos. – Eu não queria ter
feito aquilo, mas não sabia o que fazer mais Ana-chwan. – Abraçou-a a chorar
ainda mais. – Desculpa.
Apesar de ter o rosto encostado aos peitorais
definidos e musculados de Sanji os instintos da pequena não se revelaram. Ana
limitou-se a ficar imóvel enquanto processava aquela informação. Agora tudo
começava a fazer sentido. O afastamento dos professores, a maneira como estavam
a ser tratadas nas últimas semanas, tinha tudo a ver com aqueles malditos
rumores.
- Então também já sabia dos rumores?
- Sim. – O cozinheiro ainda chorava.
- Porque não me contou? – Perguntou a aluna
correspondendo ao abraço do seu sensei como maneira de mostrar que o
desculpava, o que fez com que ele parasse de chorar.
- Porque tu não merecias ouvir aquelas coisas
Ana-chwan.
Ao ouvir aquilo vindo de Sanji a pequena
ficou sem palavras e não sabia como reagir a tais palavras.
Ficaram ali durante alguns momentos até que
chegou a hora de o cozinheiro voltar para a cantina. Meio contrariado ele
largou a sua aluna e pôs-se a caminho do vestiário masculino. Estava mais do
que feliz por ter a sua Ana-chwan de volta.
Enquanto isso a aluna de culinária foi para o
dormitório para finalmente poder tomar um bom banho e poder relaxar um pouco
antes de ir levar o jantar a Cátia à enfermaria.
Quando voltou a lembrar-se do telemóvel Ana
apenas se deu a trabalho de ler a última mensagem que tinha recebido de Kid.
Mensagem essa que não lhe agradou nada:
“Esta
noite vou fazer-te uma visita, gatinha.”
Apesar de ter respondido dizendo que era
impossível e deu várias outras razões para que ele não se aproximasse de
Mugiwara Academy, mas foi inútil. A única resposta que obteve foi que ela
saberia quando ele lá chegasse. Era bastante irritante lidar com aquele ser,
mas não se queria estar a chatear com aquilo agora. Então decidiu esperar e ver
o que acontecia.
****
Perto da hora do recolher Chopper mudou Cátia
da enfermaria para o seu quarto. Iria ser mais confortável para ela dormir na
sua cama do que numa maca da escola.
Depois de dar mais um sermão à sua paciente
para que ela não voltasse a sair da cama sem ajuda o médico saiu do quarto e
Ana entrou.
Finalmente estavam as duas sozinhas e podiam
falar à vontade sem terem de medir as palavras.
- Parece que agora sou eu que tenho de tomar
conta de ti. – Disse a mais pequena sentando-se na cama.
- Ah ah ah que piada. - Ironizou a outra. - E
de quem achas que é a culpa?
- Se me tivesses contado logo o que se andava
a passar não tinha sido preciso nada disto.
- Ah pois não. Só tinhas começado a tentar
cortar as garotas às fatias mais cedo.
- Mas tu não tinhas acabado assim.
- Eu já disse que estou bem.
-Claro, por isso é que estás deitada numa
cama sem poder sair dai.
- Podes parar de me lembrar disso?
- Ok desculpa. – A aluna de culinária baixou
o olhar. – Há mais alguma coisa que eu ainda não saiba?
- Já sabes o suficiente.
- Senpai!
- Isso agora não interessa. Já estás aqui
outra vez e isso é que importa.
- Pronto calei-me. – Cruzou os braços e fez
beicinho.
- Onde é que passaste a noite afinal?
- Por aí.
- Hum… O que é que me estás a esconder
Ana-chi?
Naquele momento ouve-se o som de alguém a
bater no vidro da janela e esta abre-se sem que nenhuma delas precisasse de se
aproximar. Quem estava do lado de fora entra sem grandes cerimónias. Era Kid
que tinha acabado de entrar.
O ambiente ficou tenso e uma aura de raiva
que provinha de Cátia começava a alastrar-se pelo quarto. Foi Kid quem quebrou
o silêncio dirigindo-se a Ana:
- Já não se liga aos amigos gatinha?
- Isto era mesmo necessário ferrinhos? –
Respondeu a aluna de culinária. – E que confiança é essa para me chamares isso?
- O que se passa parceira?
- Parceira? - Interrompeu Cátia. E continuou
com um sorriso forçado. – O que é que isso significa? – O sorriso deu lugar a
uma expressão séria. - Ana-chi!
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