Capitulo 36 Mugiwara Academy

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36- Depois do reencontro! As primeiras suspeitas!

  Por mais que andasse Zoro ia sempre ter à sala de professores. Sala esta que já estava vazia há minutos, pois as aulas já haviam começado. O que para ele não era problema porque a única aula que tinha naquele dia era a primeira da manhã.
  Após sete tentativas de chegar a um lugar diferente o professor de educação física desistiu de andar e decidiu tirar um cochilo ali mesmo. Entrou na sala, sentou-se no seu lugar habitual e tentou dormir. No entanto sempre que tentava abstrair-se de tudo havia algo que não lhe saía da cabeça. O estalo que tinha dado a Cátia.

  Não era seu perder assim a cabeça por causa de alguém. Muito menos por causa de alguém que conhecera há meses e que parecia odiá-lo. Isso não costumava incomodá-lo. No entanto o que mais o intrigava era o olhar que de indiferença que a rapariga lhe havia lançado. Ele esperava dela uma resposta à altura, não desprezo. Aqueles pensamentos deixavam-no cada vez mais e mais irritado.
  A certo momento Sanji entra na sala.
  - Já estás mais calmo marimo inútil? – Perguntou o cozinheiro enquanto retirava algumas caixas com materiais de cozinha do seu cacifo.
  - Cala a boca cozinheiro pervertido.
  - Não tenho culpa de que não saibas como tratar uma dama, espadachim idiota.
  Depois daquelas palavras ambos ficam em silêncio por alguns momentos. Sanji procurava os materiais de que precisava e Zoro permanecia sentado a tentar descansar.
  - Ei Sobrancelhas!
  - O que foi retardado? – O professor de culinária continuava concentrado nos materiais.
  - O que é que eu devia ter feito?
  Sanji olha com espanto para o professor de educação física.
  - Como assim o que devias ter feito?
  Ao se aperceber da pergunta que tinha acabado de fazer Zoro leva a mão direita ao rosto e levanta-se.
  - Nada, deixa.
  Zoro dirigiu-se para a porta e saiu.
  - Ei Marimo!
  Sanji tenta alcançá-lo, mas quando sai à porta já não vê sinais de Zoro.
****
  Depois do que aconteceu na sala de professores Sanji e Robin sugeriram às suas alunas que descansassem o resto da manhã e apenas fossem às aulas suplementares durante a tarde.
  Quando a conversa congelou Ana atirou-se para a sua cama e Cátia foi até à casa de banho para ver os estragos que Zoro tinha feito na sua face.
  - Tch…
  A rapariga tinha toda a superfície onde Zoro tinha acertado vermelha.
  - “Aquele bastardo.” – Pensou a rapariga ao ver o estado em que estava.
  - Senpai! - Gritou Ana do quarto.
  - O que é que foi?
  - Como é que o teu pai reagiu à tatuagem? – Perguntou a pequena sentindo-se entediada.
  - Foi mais ou menos como quando soube da akuma no mi. – A aluna de história volta para o quarto e ainda com a mão no rosto. – Explodiu e pôs-me de castigo.
  Cátia senta-se numa poltrona que estava no quarto ao lado da janela e cruza a perna que envergava a tatuagem.
  - E tu? O que é que disseste ao teu pai sobre a cicatriz?
  - Disse a verdade. - A pequena rebola na cama e deita-se virada para a sua senpai. – Afinal foi um acidente. E foi meio que culpa minha.
  - Imagino que ele não tenha ficado nada feliz com isso.
  - Mesmo nada… Lembras-te daquele prédio abandonado que havia perto de minha casa?
  - Sim, mas o que é que isso tem a ver?
  - Pois… Agora já não há prédio…
  - Ah assim já percebo… Mas ele não se acalmou só com isso, pois não?
  - Nope. Pensávamos que tínhamos de evacuar aquela zona da cidade, mas eu prometi passar o fim-de-semana com ele e aí sim ele ficou mais calmo.
  - Se ele soubesse o que é que tem em casa já não ficava assim.
  - Queres mesmo entrar por ai senpai?
  - Pronto, pronto…
  - Hum…
  Pelo olhar que a aluna de culinária lhe tinha lançado era óbvio que o assunto da conversa anterior iria voltar a ser referido ali.
  Pouco tempo depois dá-se o toque para o almoço. Ana estava ansiosa para voltar a comer os pratos do seu sensei, mas por outro lado, Cátia não estava com a mínima vontade de voltar a ver o seu agressor. Mas com o belo sentido de orientação que Zoro tem nunca se sabe onde ele pode estar. No entanto a jovem foi mesmo assim para fazer companhia à sua colega.
  Por sorte a hora de almoço passou e nem sinais de Zoro. Mais tarde cada uma das usuárias vai para a sua respetiva aula.
****
  Já na sala de culinária tanto o professor como a aluna se encontravam pensativos. Apesar de Sanji ter as mesmas atitudes de sempre podia ver-se que algo estava errado.
  No fim do primeiro tempo de aula Sanji vai até à janela mais próxima para fumar um cigarro enquanto a sua aluna acabava de arrumar os materiais que tinha usado.
  - Ana-chwan. – Chamou o professor.
  - Sim Sanji-sensei?
  A aluna acaba de lavar o último utensílio e vai sentar-se numa mesa perto do seu sensei.
  - Como está a Cátia?
  - Ela está bem. Só tem o rosto um pouco vermelho, mas não acho que seja algo grave.
  - Aquele marimo idiota. – A expressão de Sanji muda e ele começa a falar para o ar. – Não é assim que se trata uma dama seu espadachim inútil.
  Ana apenas observa os gestos zangados de Sanji sem saber o que dizer para o acalmar. Mas após levar o cigarro á boca o cozinheiro acalma-se um pouco.
  - Mas Sanji-sensei, sabe porque é que o Zoro-sensei ficou tão chateado com a Cátia?
  - Não faço a menor ideia. – Responde o professor enquanto leva o cigarro à boca mais uma vez.
  - Oh é uma pena. – Diz Ana fazendo beicinho deixando o seu professor rendido.
  - Ana-chwan!!! – Sanji abraça instantaneamente a rapariga. – Eu vou descobrir para ti, sim?
  - Obrigada sensei. – Agradeceu a rapariga com voz de bebé e retribuindo o abraço, garantindo assim a sua conquista.

  Por dentro a rapariga começava já a arranjar hipóteses para o que podia ter causado o que aconteceu. Uma delas era bem mais óbvia do que todas as outras e ela ia certificar-se de que era mesmo essa. 

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